Reflexões Da Madrugada: Col

Ah, a madrugada! O horário mágico onde a criatividade e a introspecção tomam conta.

Muitas vezes levantei às quatro da manhã para escrever.

O que sai nem sempre vale a pena ser mostrado, mas algumas vezes tem uma pérola perdida.

Não me ocorre mais como antes, escrever nesse horário, porém, é capaz que surjam mais alguns textos com essa categoria de Reflexões. De qualquer forma, o texto segue:

“Me chame de Col. É um apelido? Pode ser. Columbus; Colbert; Malcolm. Pode ser um acrônimo. Carlo Otávio Lacerda. Pode ser a contração para “Coronel”. Mas nada disso importa. Me chame apenas de Col.

Porque nomes são constritores. Uma vez nomeada, a coisa toma uma forma fixa, invariável, imutável.

Percebo a contradição em me chamarem de Col. Mas Col não é uma palavra, não possui significado fixo. Col é apenas Col. Não há significado definido, e sem significado não forma fixa. Sem forma fixa, o que sobre é a liberdade de ser o que quer que haja para se ser.

E o que há de se ter e de se ser quando se há liberdade? Tudo. Nada. Algo entre, ou nenhuma das anteriores. Ou ainda todas elas ao mesmo tempo. Pode-se ser coeso e contraditório, prolixo e sucinto. Belo, feio. Horrendo, tremendo, terror, pavor. Benevolência, compaixão, amor, paixão. Água, fogo, ar e terra. Flexível e rijo. Positivo e negativo.

E o porquê? Por que não? Tanto faz. Porque XYZ. Ou MQF, afinal, ordem e caos. Talvez. Onde, quando, como, quem: Todo lugar, qualquer tempo, de qualquer forma, quem quiser. Quem não quiser. Quem será, será, quem não for que fique.

Ou Malcolm, Columbus e Colbert ficarão a decidir tudo. Governados por Carlo Otávio Lacerda, o Coronel da definição. Em estática eterna, definidos por seus nomes. Tenham medo deles. E respeito. E amor. E ódio. E dúvida. E pavor. E tristeza. E alegria. E indiferença. Mas não tenham nada que tudo poderia ter. E tenham tudo que o ter não poderia haver de querer. Ou mover. Ou tremer. Ou comer. Ou doer. Ou moer. Ou descer. Ou aquecer. Ou revolver. Alto! Baixo! Pra esquerda. A outra esquerda. A esquerda de cima, quando pra trás é meia-noite e o azul fala com estampa de oncinha.

Mas Col existe e Col está aqui. Derivando e odnavired. Reflexo. Mingua. E nasce. E renasce antes mesmo de morrer. Mas quando morre não some, e quando some acende. E Ascende. E tremeluz. Mas conduz o condutor e quebra. Racha. Desaba e explode.

E torre a cabeça e cacto o pulmão. Para quê pulmão? Para quê cabeça. Para quê para quê? E o que, o que, o que, o que, o que, o que, o que, o que, o que, o que, o que, o que, o que, o que, o que, o que, o que, o que. Pé-de-pato. E de elefante. Com trombose. E elefantíase e tubaríase e crocodilíase, pumíase e wombatíase.

Macacos me mordam. E eu mordo de volta. Com minhas presas. Na forma indefinida onde mal sabe se há boca. Mas há o Nome. Col. Mas Col começa a se definir. Então Dfy é o novo nome sem nome. E Dfy é Diógenes Franco Yakoff. Yarzov Molotov Karamanov.

Ov.

Ovo.

Torvo.

Corvo.

Cervo.

Nervo.

Músculo.

Galé.

Navegando pelo abismo da consciência de Dfy. Reinos não mapeados. Nunca mapeados, pois já deixou de ser Dfy e agora é Khs. Karla Holmes Showa.

Mas não. Neste ritmo já é Gvx. Rrq. Acf. Nsl. Qishfohrsiohapknfhiaehnfpiaengfiparjepojf.

Nunca mais.

Sempre será.

Aquele que é.

Aquele que nunca foi.

Aquele que deseja ser não ser o ser que quer ser. Pode ver com seu umbigo. Se é que você tem um. Ou que é um você.

Não há nada aqui. Tudo o que um louco poderia querer.”

~ por Kami em 23/05/2013.

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